quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Baixão de Itaetê e a Cachoeira da Encantada

Cachoeira da Encantada

Baixão do Itaetê


O projeto Biomas Brasil terminou a fase de pesquisa na Chapada Diamantina no sul do parque nacional, no assentamento do Baixão, em Itaetê. O caminho de Lençóis até Itaetê é uma estrada que está em péssimas condições, com muitos buracos, até se tornar uma estrada de terra cheia de pedras soltas.
Apezar disso a estrada passa em cima do belíssimo Rio Paraguaçu.


Felipe, Luis, Lincoln e Pablo com o Biomas-Móvel carregado

A estrada passando em cima do Rio Paraguaçu

Rio Paraguaçu e pausa para o mergulho

A estrada de terra até Itaetê


A mala do carro com as mochilas e botas de trilha do grupo


Apesar do caminho difícil, o Baixão de Itaetê guarda surpresas incríveis. O Baixão é o primeiro assentamento do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra na Bahia, e por mais simples que pareça, abriga uma ACV extremamente organizada e ativa (qualidades que se mantiveram desde a época do movimento dos sem-terra). Mas devido a falta de informações e também o dificil acesso ao local, muitas vezes os turistas já chegam no local com seus guias de agência, o que limita o desenvolvimento do turismo no Baixão e desestimula os moradores locais pela causa.


Baixão do Itaetê

Ex-assentamento dos Sem-Terra

Construções simples


As pessoas que visitam as cachoeiras da região se hospedam nas próprias casas dos moradores, comem da comida das famílias, conversam com os locais. Esse é um diferencial do turismo participativo realizado no local.


A moradora Dona Maria recebendo os visitantes em sua própria casa

Felipe e Dona Maria conversam sobre a recepção dos turistas pelos locais

Morador conversando com o grupo



Comandada por Orlando e Gurino (fundadores da ACV-I), a associação está se preparando para receber turistas nas incríveis cachoeiras que cercam suas terras – A mais especial delas, e certamente uma das mais especiais da Chapada Diamantina é a Cachoeira da Encantada.


ACV de Itaetê

O guia Orlando da Associação de Condutores de Visitantes do Itaetê

Controle dos visitantes que vão à Cachoeira da Encantada


O caminho para a Encantada começa de carro por alguns quilômetros, passando por uma ponte estreita até chegar em uma subida íngreme com pedras soltas, onde fica praticamente impossível seguir de carro. Após 5 Km de caminhada chegasse ao leito do rio que vem da cachoeira.


A ponte que se passa de carro antes de chegar à subida de pedras - onde começa a caminhada

Entrando no canion da Encantada

Até o caminho onde só se passa nadando - 200 metros dentro do estreito canion até a piscina da Encantada


Descendo um pouco o rio o grupo fez um caminho por dentro d’água (não da para ir a pé) por aproximadamente 200 metros dentro das paredes altas e fechadas do cânion, até chegar à piscina Encantada – um passeio mais difícil que seleciona o público.


Começando o percurso aquático

Na volta pelo canion

Parada para o almoço


Voltando a caminhada em direção da cachoeira da Encantada, os pesquisadores passaram a noite no leito do rio em um bloco de pedra plana, com direito a céu estrelado.


Rio da Encantada

Finalzinho da tarde - O grupo para em uma laje de pedra para fazer o jantar e passar a noite

Pablo preparando a refeição

Sempre na compania dos sapos


Pela manhã o grupo Biomas Brasil seguiu rio acima numa caminhada de aproximadamente 2 horas pelo do leito do rio, passando por paisagens espetaculares até chegar a indescritível Cachoeira da Encantada.


No dia seguinte, Biomas rio a cima rumo à cachoeira

Luiz no esconderijo da árvore. Conseguem ver? Clique nas imagens para ampliar!

Desenhos de espuma no rio

Cachoeira da Encantada cai ao fundo

Chegando perto do poço e da queda d'água...


São mais de 200 metros de queda d’água numa piscina fascinante! Pela altura da queda, a água cai cada hora num lugar, dependendo da vontade do vento! É bom chegar cedo nela para aproveitar a presença do sol, já que o vento soprado da cachoeira é constante e frio. Nada que uma blusa seca não resolva.


Véu da Encantada

Pablo e Lincoln diante da imensidão da queda d'água

O grupo chega ao último (e especial) destino do projeto

De frente para a Encantada

BIOMAS BRASIL!

Pedro na pedreira do canion da Encantada


Depois de conhecer a Cachoeira da Encantada o Biomas Brasil percebeu que fechou a expedição com chave de ouro, numa cachoeira pouco visitada, num local com uma historia riquíssima de muita luta e de muito respeito com a natureza, já que tiram seu sustento e sobrevivência dela.


O grupo volta pelo leito do rio para finalizar a jornada

Pela estrada de terra

Passados 30 dias da expedição, encerrado o projeto Biomas Brasil 2010 na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil



Assim encerramos nossos posts do projeto, agradecemos à todos que acessaram e convidamos para verem as fotos do projeto na íntegra em www.flickr.com/pedrokuperman-photos

Biomas Brasil é:

Pedro Kuperman

Luiz Felipe Bittencourt

Pablo Goyannes

Lincoln Santos

Felipe Albino


Contato: biomasbr@gmail.com


Obrigado, e até a próxima!


B I O M A S B R A S I L 2 0 1 0 - C H A P A D A D I A M A N T I N A, B A H I A, B R A S I L

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Biomas nas cidades de Palmeiras, Lençóis, Andaraí, Igatú e Mucugê


Vista do Morro do Pai Inácio

O grupo deixou o Vale do Capão e seguiu para a cidade onde se encontra a sede do Parque Nacional da Chapada Diamantina – Palmeiras. Chegando lá, conversaram com o Chefe do Parque do Instituto Chico Mendes (ICM-Bio) Christian Berlinck, numa conversa que abordou questões como o fogo, que segundo ele é hoje o principal problema enfrentado pelo parque, caça e garimpo, passando pela controversa questão fundiária.


Conversa com o chefe do Parque Nacional da Chapada Diamantina: Christian Berlinck

A sede do ICM-Bio em Palmeiras

O próximo passo do grupo foi seguir para a região nordeste do parque, no município de Lençóis. O município é a porta de entrada para a Chapada Diamantina mais utilizada no turismo em massa. Lá o grupo fez um roteiro clássico: Gruta da Fumaça, Poço do Diabo, com pôr-do-sol do Morro do Pai Inácio.


Biomas-Móvel partindo para as cidades do entorno do Parque

Galera do Biomas Brasil dentro da Gruta da Fumaça em Lençóis

Dentro da gruta

Na gruta com luz de lampião

Em cima do Morro do Pai Inácio

Felipe e Pablo no visual de cima do Morro do Pai Inácio

Pedro e a vista da Chapada Diamantina

Vista panorâmica do Morro do Pai Inácio (clique para ampliar!)

Vista do Morro do Pai Inácio


A pesquisa seguiu para o sul da Chapada, para as cidades de Andaraí, Mucugê e Igatú e suas respectivas Associações de Condutores de Visitantes (ACVs).


ACV de Andaraí

Em Andaraí, primeiro ponto de parada o grupo foi em busca de Rocão, guia local e pessoa muito influente na cidade. Rocão nos contou um pouco da historia de Andaraí e a transição para o ecoturismo. A ACV- Andaraí foi a primeira da Chapada e com isso serviu de exemplo para as outras.

Rocão e Lincoln na ACV de Andaraí

Rocão mostrando o material de consulta dos guias de Andaraí

Prefeitura de Andaraí - Cursos de educação ecológica para os funcionários

O curso de educação ecológica acontecendo na Igreja Batista da cidade

A cidade de Igatú também conhecida como Xique-Xique de Igatu trás toda a história do garimpo de forma muito viva. A cidade é completamente preservada com as construções originais da época, cercada de ruínas de casas de pedra, e abriga um museu/galeria que conta justamente a história da exploração de diamantes na região.


Igatu

Cidade da época de exploração de diamantes

Ruinas de Igatu

A cidade

As construções

Igreja de Igatu

Cruz dos escravos

O dono da vendinha e seu diamante

Sapo Biomas Brasil!


O Biomas Brasil explorou uma gruna – caverna criada pelo homem para exploração de diamantes e/ou metais – que atualmente está aberta a visitação. É possível percorrer um longo caminho e conhecer um pouco de como foi a exploração dos metais no local. Foram mais de 150 pessoas trabalhando dia e noite para extrair por semana uma tonelada de diamante.


Ruinas na entrada

Entrando na gruna

Na gruna com lamparinas e velas



Biomas na gruna

Esculturas em homenagem aos homens que trabalharam na gruna

Em Mucugê os integrantes do Biomas Brasil visitaram o Parque Municipal Sempre-Viva, onde conversaram com o gestor Euvaldo Ribeiro Júnior. O parque municipal é tido como referencia na região por proporcionar a união entre pesquisa, preservação e emprego na região. Além disso o parque se empenha para preservar e reproduzir uma variedade de Sempre Viva (planta endêmica da região) ameaçada de extinção - a Syngonanthus mucugensis Giulietti, ou Sempre Viva de Mucugê.


Conheça mais em: www.projetosempreviva.com.br




Euvaldo, o gestor do Parque

Sempre-Viva: espécie endêmica de Mucugê

O grupo conhecendo os projetos do Parque

O Museu do Garimpo - Contruido sobre as rochas da região


O grupo conheceu o cemitério Bizantino de Mucugê – Construído na época do garimpo de diamantes, quando a região era explorada por paises europeus, para ficar mais afastado da cidade devido ao surto de cólera que estava acontecendo.


Cemitério Bizantino de Mucugê







Seguindo viagem o grupo rumou para o ex-assentamento dos Sem Terra, o Baixão do Itaetê, que esconde um dos lugares mais impressionantes e especiais da Chapada: A Cachoeira da Encantada...


A seguir!


Para mais fotos: www.flickr.com/pedrokuperman-photos