Este trabalho é fruto do projeto Biomas Brasil, que buscou uma viagem de pesquisa com foco na vivência do turismo como uma experiencia participativa. O grupo teve apoio do E-brigade (Osklen) e do NIMA PUC-Rio (Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente da PUC).
A partir dos conceitos de sustentabilidade, o grupo procurou pensar as relações e os impactos socioambientais da atividade turistica nas cidades do entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina.
A primeira atividade foi a jornada de 8 dias e 7 noites de caminhada no Vale do Pati. Foram mais de 20 Km de caminhada em um só dia para chegar no vale, atravessando os Gerais do Vieira para descer no Pati, atravessando um visual deslumbrante:
Caminhando pelos Gerais do Vieira. Capão - Pati
Vale do Capão ficando pra trás, em direção ao Pati - 22 Km de caminhada em um dia
Entrada da gruta do Morro do Castelo
Cachoeirão por baixo / Dona Raquel / Oficina de adobe na Campina
Na primeira etapa da caminhada os integrantes entraram pelo acesso do vale do Capão - o Bomba.
O objetivo foi andar 22km pelos Gerais do Vieira, Vale do Calixto e sua cachoeira deslumbrante - a primeira da aventura - foram mais de 10 horas de percurso no primeiro dia até o merecido descanso no primeiro ponto de apoio, a antiga Prefeitura.
Clique na foto abaixo para ver o 360 do Gerais do Vieira!
O grupo na Prefeitura
Durmiriam na Casa de Seu Eduardo, ponto de apoio mais perto para o cachoeirão por baixo.
Vale do Cachoeirão - O grupo seguindo em direção ao fim do canion:
A aventura foi além das belas paisagens. A convivência com os moradores da região é uma experiência à parte. Pessoas incríveis estavam no caminho de nossos pesquisadores, e dividiram diariamente a experiência única que é o trekking de aventura do Vale do Pati; considerado um dos 3 melhores do mundo.
Desde a primeira noite na Prefeitura até o retorno ao Capão no 8º dia, o grupo pode conhecer um pouco da realidade da vida daqueles que habitam naquele lugar.
Figuras como Jailson na Prefeitura, a família de Seu Eduardo assim como a de Dona Raquel passaram um pouco da experiência pessoal deles; nativos e moradores do vale a décadas. Dona Raquel, moradora cuja casa serve de ponto de apoio e tem vista e acesso privilegiados do Morro do Castelo, considera de extrema importância manter o aspecto de sua casa simples e original, preservando assim as características e a cultura local.
O Castelo da cozinha de Dona Raquel
Casa de Dona Raquel
Lua cheia no Morro do Castelo
O grupo chegando em Dona Raquel
O grupo no Cachoeirão por cima
Seu João que cuida da Igrejinha do Pati nos contou as dificuldades que enfrenta com a falta de alguma forma de comunicação com os outros moradores e com as cidades mais próximas.
João da Igrejinha
O grupo descobriu que o crescente turismo na região a partir da criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina em 1985, trouxe à essas famílias a possibilidade de inserção profissional trabalhando na recepção de turistas oferecendo estadia e serviços.
Vale do Pati / Prefeitura e Morro do Castelo ao fundo
Outra figura que acompanhou o grupo nessa aventura foi Leo Novato, guia local do Vale do Capão da Associação de Condutores de Visitantes (ACV-VC), que a partir de um pensamento ecológico, trabalha na prática uma educação ambiental junto aos turistas mostrando com exemplos e vivências, formas de minimizar o impacto nas trilhas contribuindo para um turismo sustentável.
Biomas Brasil com Leo Novato no topo do Morro do Castelo
Trilha na Chapada Diamantina - chegando na cachoeira do Calixto
Biomas Brasil com Vale do Pati ao fundo - Saindo da Igrejinha, de volta ao Capão
O grupo vivenciou experiências de desgaste físico, porém recompensados por lugares e pessoas incríveis. O morro do castelo, cartão postal do Pati, assim como o Cachoeirão por baixo e por cima, são memórias que ficarão para sempre. No 8º dia o grupo deixou a Igrejinha - um dos principais pontos de apoio ao turista no vale - em retorno ao vale do Capão. Cruzaram mais 20km por cima do Gerais do Rio Preto, já sentindo saudades daqueles momentos vividos.
Biomas em cima do cachoeirão
Biomas em frente ao Morro do Castelo
Vale do Pati
Lincoln filmando o Morro do Castelo
Pablo na cozinha de Dona Raquel
O descanso da volta foi a passagem por 2 dias em visita a Campina, comunidade que há mais de 20 anos procura estabelecer com relações sustentáveis com o meio ambiente. Recebidos pelo amigo e morador Tatinho, que é responsável por plantações e como todos na comuna participa na organização e nas atividades comuns do espaço.
Cozinha da counidade da Campina
O grupo 'descansou' fazendo uma oficina de produção de tijolos adobe - bioconstrução - primeira técnica a ser aprendida por quem almeja morar na comunidade e construir uma casa ecologicamente correta com baixos custos.
Carregando as ferramentas
Trataram de assuntos como a vida em comunidade e a busca por uma vida sustentável, abordando temas como: permacultura e agrofloresta, beneficiamento de ervas medicinais, gestão de resíduos, compostagem, banheiro seco, minhocário e criação de abelhas.
Mais fotos em www.flickr.com/pedrokuperman-photos
Nenhum comentário:
Postar um comentário